Lázaro
Nesta sexta-feira, 5, será exibido o último capítulo da primeira temporada de "O Paí, Ó", que traz o ator Lázaro Ramos no papel do poeta Roque. O projeto, que começou no teatro com o grupo "Bando de Teatro Olodum", passou pelo cinema e agora retorna aos palcos apresenando a mesma história encenada no ano de 1992. Além do último na televisão, nesta sexta-feira também estréia a peça que leva o mesmo nome da série e que conta com a direção de Márcio Meirelles. Longe de palcos e trabalhando no espetáculo como produtor associado, Lázaro falou com exclusividade ao EGO sobre esse novo momento em sua carreira profissional.
EGO: Após 16 anos desde a estréia no teatro, o que realmente mudou desde a primeira montagem de "O Paí; Ó"?
LÁZARO RAMOS: Tudo nessa peça foi resgatado da montagem original em 1992. Os figurinos e toda a estrutura são originais. A única coisa que é novidade, são os instrumentos melódicos que se acoplaram aos de percussão. A história é a mesma da época, inclusive com os mesmos atores do grupo.
Como é estar do outro lado do espetáculo?
Agora mesmo estava assistindo ao ensaio e percebi pequenos detalhes da nossa cultura que precisam ser mostrados para o grande público. Não acho que o teatro feito no Rio ou em São Paulo represente a totalidade. Essa temporada aqui no Rio vai ser uma ótima oportunidade para as pessoas refletirem sobre essa questão. O bom de estar no outro lado é justamente isso, ter a possibilidade de perceber detalhes que em cena acabam passando despercebidos.
Você sentiu muita diferença quando o roteiro de "O Paí, Ó" deixou os palcos e partiu para o cinema e a televisão?
Vou te dizer que não somente eu, mas como grande parte do grupo ficamos com um certo medo de partir para produções maiores. Eu particularmente contornei o medo e tive muito a proteção da minha diretora Monique Gardenberg e também da sempre companheira Paula Lavigne.
Na televisão, o público brasileiro acompanhou semanalmente as histórias de pessoas diferentes que vivem um cotidiano em comum, entre idas e vindas no Pelourinho. Como foi o processo de criação desses personagens?
Apesar de grande parte da história se passar em um cortiço, a base dos personagens são as ruas do Pelourinho. Durante o processo de criação, cada ator saiu pela localidade em busca de uma pessoa que mais atraísse. Foi então que analisamos os comportamentos e criamos nossos personagens.
Quais são os seus projetos para o próximo ano?
Terminei de gravar "Decamerão", um dos especiais de fim de ano da TV Globo. Por enquanto ainda não tenho nenhum projeto engatilhado para 2009. No momento, preciso convencer os meus companheiros do grupo de teatro a ficar comigo na passagem de ano. Vai ser uma boa, eles ficam em cartaz mesmo até o dia 22 de dezembro e não custa nada dar uma esticadinha.
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