quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Longe dos cinemas desde 2007, quando participou de Saneamento Básico, Lázaro Ramos se reinventa ao voltar às telas na comédia Amanhã Nunca Mais, que estreia amanhã. O ator vive um protagonista diferente daqueles que marcaram sua carreira, como Madame Satã, do filme homônimo de 2002, ou o pintor Roque de Ó Paí, Ó (2007).
O resignado anestesista Walter, ao contrário dos outros, é um personagem bem comum. Seu grande problema é não conseguir conciliar trabalho e família. Ele tenta se redimir com a mulher, Solange (Fernanda Machado), se oferecendo para buscar o bolo de aniversário da filha.
A saga de Walter é conseguir chegar com o bolo a tempo na festa, mas muita gente esquisita faz de tudo para atrapalhar seu trajeto: o motoboy atropelado (Luiz Miranda), a prostituta travesti (Paula Braun) e a desequilibrada Miriam (Maria Luiza Mendonça, que venceu o Festival do Rio como melhor atriz coadjuvante pela interpretação).
"Walter é um homem comum, mas é muito forte nos seus conflitos. Esse personagem, para mim, representa o homem contemporâneo, que esquece do tempo do ócio e dos prazeres, de ficar com a família. A força dele está na resignação", disse Lázaro ao Destak.
Para encarnar o médico, o ator acompanhou dez cirurgias, não gostou da experiência e pretende "nunca mais fazer isso na vida". Lázaro classifica o filme como uma "comédia de tensão, sem ser escrachada".
A direção é de Tadeu Jungle, que estreia no comando de longas-metragens depois de uma carreira na TV.
Sem graça, história se mostra arrastada